A reação
leucemóide é uma condição clínica rara caracterizada por contagem periférica de
leucócitos >= 50.000 cél/mm³ na ausência de doenças hematológica linfo/mieloproliferativas
que justifiquem a leucocitose.
As
principais causas são processos infecciosos severos ou complicados (exemplo
clássico é a infecção por C. difficile),
neoplasias malignas, intoxicações exógenas, hemorragia aguda severa ou hemólise
de grande monta. Para o diagnóstico diferencial uma história clínica detalhada e
exame físico completo voltado para avaliação do sistema reticuloendotelial (linfonodos,
dor óssea, baço e fígado) são fundamentais.
O hemograma
revela leucocitose à custa de neutrofilia com importante desvio à esquerda até
formas imaturas porém nunca blastos. Há elevação da fosfatase alcalina
leucocitária e o aspirado ou biópsia da medula óssea demonstra hipercelularidade
policlonal, com maturação preservada e ausência de alterações citogenéticas. A
imunofenotipagem pode ser feita para excluir neoplasias em caso de dúvidas.
Quando
corrigidas as condições subjacentes, a anormalidade desaparece.
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