sábado, 13 de fevereiro de 2016

Choque séptico em pacientes renais crônicos dialíticos

Infecções são as principais responsáveis por hospitalização e morte em pacientes com doença renal crônica dialítica. O quadro clínico da sepse grave e do choque séptico varia bastante quando comparamos pacientes dialíticos com não dialíticos e o risco de morte é até trezentas vezes maior do que na população geral.
Foi publicada recentemente uma coorte retrospectiva com mais de 10.000 pacientes que receberem tratamento para choque séptico em UTI, dos quais cerca de 800 eram dialíticos. Os pacientes foram avaliados para caracterizar o choque séptico quanto à patógenos, focos infecciosos, antibioticoterapia apropriada e mortalidade.
Notou-se uma alta taxa de infecções por candida e organismos multi-R em dialíticos, uma maior prevalência de infecção de corrente sanguínea relacionada a cateter (ICSRC), peritonite e infecções de partes moles. O patógeno mais freqüentemente identificado em dialíticos foi o S. aureus, (cerca de 1/3 por MRSA) causando 20-40% das ICSRC. O atraso no início de antibioticoterapia adequada para o foco suspeito foi associada fortemente a aumento do risco de morte. Não houve diferença na mortalidade em 30 dias.
Clark E et al. Septic shock in chronic dialysis patients: clinical characteristics, antimicrobial therapy and mortality. Intensive Care Med (2016) 42:222–232.

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